Moda Hip Hop

A moda do hip hop é um estilo de se vestir de origem afro-americana, caribenha e latina, que teve origem no bairro The 5 Boroughs, em Nova Iorque, e mais tarde influenciou em cenas do hip hop em Los Angeles, Galesburg, Brooklyn, Chicago, Filadélfia, Detroit, Porto Rico, entre outros. Cada cidade contribuiu com vários elementos para o seu estilo geral visto hoje no mundo inteiro.

Geralmente, as roupas utilizadas no hip hop são largas, para que os movimentos fiquem maiores, dando mais efeito visual para a dança. Também são utilizados bonés, muitas vezes virados para trás ou de lado. Na maioria das vezes, as roupas são vistosas.



Graffiti Termos e gírias


§  3D – Estilo tridimensional, baseado num trabalho de brilho / sombra das letras.
§  Asdolfinho – Novo estilo de grafite desenvolvido por americanos, no qual é visado a pintura animal.

§  Backjump – Comboio pintado em circulação, enquanto está parado durante o percurso (numa estação por exemplo).

§  Bite – Cópia, influência directa de um estilo de outro writer.

§  Bombing – Grafite rápido, associado à ilegalidade, com letras mais simples e eficazes.
§  Bubble Style – Estilo de letras arredondadas, mais simples e “primárias”, mas que é ainda hoje um dos estilos mais presentes no grafite.

§  Cap – Cápsula aplicável ás latas para a pulverização do spray. Existem variados caps, que variam consoante a pressão, originando um traço mais suave ou mais grosso (ex: Skinny”, “Fat”, “NY Fat Cap”, etc).§  Characters – Retratos, caricaturas, bonecos pintados a grafite.

§  Crew – “Equipa”, grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome. É regra geral os writers assinarem o seu tag e respectiva crew (normalmente sigla com 2 a 4 letras) em cada obra.

§  Cross – Pintar um grafite ou assinatura por cima de um trabalho de um outro writer.

§  Degradé – Passagem de uma cor para a outra sem um corte directo. Por exemplo uma graduação de diferentes tons da mesma cor.

§  End to end – Carruagem ou comboio pintado de uma extremidade à outra, sem atingir a parte superior do mesmo (por ex. as janelas e parte superior do comboio não são pintadas).
§  Fill-in – Preenchimento (simples ou elaborado) do interior das letras de um grafite.

§  Hall of Fame – Trabalho geralmente legal, mural mais trabalhado onde normalmente pinta mais do que um artista na mesma obra, explorando as técnicas mais evoluídas.

§  Highline – Contorno geral de toda o grafite, posterior ao outline.

§  Hollow – Grafite ou Bomb que nao tem fill (preenchimento) algum e, geralmente, é ilegal
§  Inline – Contorno das letras, realizado na parte de dentro das letras.

§  Kings – Writer que adquiriu respeito e admiração dentro da comunidade do grafite. Um estatuto que todos procuram e que está inevitavelmente ligado à qualidade, postura e anos de experiência.

§  Outline – Contorno das letras cuja cor é aplicada igualmente ao volume das mesmas, dando uma noção de tridimensionalidade.
§  Roof-top – Grafite aplicado em telhados, outdoors ou outras superfícies elevadas. Um estilo associado ao risco e ao difícil acesso mas que é uma das vertentes mais respeitáveis entre os writers.

§  Spot – Denominação dada ao lugar onde é feito um grafite.
§  Tag – Nome/Pseudónimo do artista.

§  Throw-up – Estilo situado entre o “tag”/assinatura de rua e o bombing. Letras rápidas normalmente sem preenchimento de cor (apenas contorno).

§  Top to bottom” – Carruagem ou carruagens pintadas de cima a baixo, sem chegar no entanto às extremidades horizontais.

§  Toy – O oposto de King. Writer inexperiente, no começo ou que não consegue atingir um nível de qualidade e respeito dentro da comunidade.

§  Train – Denominação de um comboio pintado.
§  Whole Train – Carruagem ou carruagens inteiramente pintadas, de uma ponta à outra e de cima a baixo.

§  Wild Style – Estilo de letras quase ilegível. Um dos primeiros estilos a ser utilizado no surgimento do grafite.

§  Writer – Escritor de grafite.

Rap (Breve) História

O rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora da cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas, nos anos 1970 por expatriados jamaicanos e outros. Estes introduziam as grandes festas populares em grandes galpões, com a prática de ter um MC, que subia no palco junto ao DJ e animava a multidão, gritando, encorajando mais e mais com as palavras de rimas, até que foi se formando o rap.





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Mixtape Definição

É uma compilação de canções, normalmente com copyright e adquiridas de fontes alternativas, gravadas tradicionalmente em cassete (agora em CD´s). As canções podem encontrar-se de forma sequêncial ou agrupadas por características comuns como ano de publicação, gênero e outros aspectos mais subjetivos. Como consequência também tem surgido mixtapes de vídeos.

As primeiras e mais comuns mixtapes eram bootlegs em formato stereo 8, se vendiam nos chamados mercado das pulgas e em postos de gasolina desde os finais dos anos 60 até o começo dos 80 com nomes como Super 73, Country Chart Toppers ou Top Pops 1977. As compilações com o ano no título só podiam ser postas a venda antes do natal e no começo do ano, conseguindo assim bons resultados de venda.
Com a chegada do som digital para os consumidores de todo o mundo, a criação e distribuição das mixtapes tem evoluído de formato, os CDs MP3 tornaram-se o método de escolha contemporânea, mas o termo mixtape ainda é comumente utilizado, mesmo para mixagens, em diferentes suportes (CD, MP3, MiniDisc, cassete, 8 track, etc.).

Graffiti Historial


Grafite (Graffiti)


Grafite ou grafito (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais,  mais especificamente, da street art ou arte urbana – em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, pois acaba comparando o grafite com a pichação, que é bem mais controverso. Sendo que a remoção do grafite é bem mais fácil do que o piche.

Descrição
Normalmente distingue-se o grafite, de elaboração mais complexa, da simples pichação, quase sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos grafiteiros respeitáveis, como Osgemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo, aí incluída a grande fachada da Tate Modern de Londres, admitem ter um passado de pichadores. Na língua inglesa, contudo, usa-se o termograffiti para ambas as expressões.
A partir do movimento contracultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tagsrepetidas ad nauseam, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão.
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensanovaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX. Atualmente no século vinte e um, muitas pessoas usam o grafite como arte em museus.

As raízes do Rap

A origem do rap remonta à Jamaica, mais ou menos na década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de fundo para o discurso dos “toasters”, autênticos mestres de cerimónia que comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas mais prosaicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970 muitos jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos da América, devido a uma crise económica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial, o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas de som e do canto falado, que se sofisticou com a invenção do scratch, um discípulo de Herc. O primeiro disco de rap que se tem notícia, foi registrado em vinil e dirigido ao grande mercado (as gravações anteriores eram “piratas“) por volta de 1978, contendo a célebre King Tim III da banda Fatback. O rap, assim como opagode e o blues, no seu surgimento era um ritmo mais comum entre pessoas de classe social mais baixa e que, com o tempo, invadiu o mercado de todos os grupos sociais—sendo um dos estilos musicais que mais vendeu no mercado popular dos anos 1990 até o início da década de 2000; mas, desde 2006, a venda do rap tem caído drasticamente, preocupando as grandes gravadoras deste estílo musical.

“Ancestral directo” do rap pode ser considerado o funk, ou o jazz, músicas afro-americanas que apresentam elementos semelhantes. Outro ritmo ao qual o rap é tributário é o toast, que consiste em versar sobre uma versão instrumental ou de uma versão dub de alguma canção reggae, sempre no ritmo da batida. Essa tradição foi levada aos Estados Unidos por imigrantes jamaicanos, como o DJ Kool Herc. Nos Estados Unidos, a base de Reggae foi substituída por uma batida tirada do funk, através da utilização de dois discos idênticos dos quais era aproveitada apenas a parte instrumental da música, chamada break (os “breques,” como nas paradas repentinas da percussão numa batucada).
As primeiras gravações de rap datam do início dos anos 1970, com alguns grupos como os Last Poets e Gil Scott Heron. Nessa época, trata-se simplesmente da declamação de um texto sob o ritmo das batidas de tambores africanos, sendo a negritude o tema de predilecção.
Na actualidade, os MCs utilizam, como base, batidas de outras músicas habilmente extraídas pelos DJs, ou bases montadas electronicamente, ou, ainda, instrumentos tocados por músicos.
Um recurso muito presente no rap são os samples (“amostras”), que são pequenas “pedaços” de outras músicas, covers (pré-gravadas), e inseridas digitalmente numa “nova” música. Os samples tanto podem ser da parte instrumental de uma música como podem ser de vocais.
Inicialmente, os temas das letras giravam em torno de assuntos como festa e diversão, que aos poucos foram substituídos por outros temas como as desigualdades sociais e o combate ao racismo. vinte anos depois, se tornou um dos estilos musicais mais popular em todo o mundo, sendo muito difundido principalmente nos EUA, na França, no Japão e no Brasil. A primeira música de rap a surgir no Brasil foi “Kátia Flávia”, em 1987, de autoria de Fausto Fawcett e Laufer. Em Portugal a primeira compilação de rap surgiu em 1994 com o designação de Rapública.

História do ReB

Durante a segunda guerra mundial, e a dificuldade de manter agenda de shows lucrativos, os líderes de algumas ‘’big bands’’ foram forçados à reduzir o tamanho dos grupos no fim dos anos de 1930. Estas grandes bandas reduzidas especializaram-se em hard-swing, boogie-woogie, mais simples e temperados com letras bem humoradas e performances selvagens, e, foram chamadas de jump bluesUm detalhe importante é que esses grupos também chamados de combo blues surgiram também devido aos negros em suas dificuldades para manter o custo nas grandes cidades. Foi época da popularização dos negros pra grandes cidades, e foi também no pós guerra que o consumismo passa a aumentar, e, a guitarra elétrica ou guitarra acústica amplificada, passa a ser mais presente no blues, principalmente o de Chicago.

Uma gravação antiga de rhythm & blues ou jump blues pode ser encontrada na canção ‘’Boogie Woogie Bugle Boy’’ de 1941 pelas Andrews Sisters. Outra gravação é de Sonny Boy Williamson I de 1940, a ‘’New Early In The Morning’’, um blues mais moderno em sonoridade, com a influencia antiga do blues mais o balanço do boogie woogie.

ReB Introdução

Rhythm and blues ou R&B foi um termo comercial introduzido no Estados Unidos no final de 1940 pela revista Billboard. Teve uma série de mudanças no seu significado. Começando na década de 1960, após este estilo de música contribuir para o desenvolvimento do rock and roll, a expressão R&B passou a ser utilizada – especialmente por grupos brancos – para se referir a estilos musicais que se desenvolveram a partir do blues e do associado eletric blues, bem como o gospel e a soul music. Desde a década de 1990, o termo R&B contemporâneo é utilizado principalmente para se referir a um subgênero com influencias de soul e funk na música pop. Em suas primeiras manifestações, o chamado rhythm and blues era uma versão negra de um predecessor do rock. Foi fortemente influenciado pelo jazz, particularmente pelo chamado jump blues (Blues em andamento acima, mais precisamente o boogie woogie, influenciado porbig bands, especificamente o swing) assim como pelo gospel. Por sua vez, também influenciou o jazz, dando origem ao chamado hard bop (produto da influência do rhythm and blues, do blues e do gospel sobre o bebop) e posteriormente ao Jazz Fusion e Smooth Jazz. Os músicos davam pouca atenção às distinções feitas entre o jazz e o rhythm and blues, e geralmente gravavam nos dois gênteros. Várias bandas (como as que acompanhavam os músicos Jay McShann, Tiny Bradshaw, e Johnny Otis) também gravavam rhythm and blues. Mesmo um ícone de arranjos bebop como Tadd Dameron também produziu arranjos R&B para Bull Moose Jackson, e trabalhou dois anos como pianista de Bull Moose após se estabelecer como músico de bebop. Um dos nomes que se destacou neste género foi Muddy Waters.

Não foi só no cenário pop dos EUA, mas também no do Reino Unido durante os anos 60, que o R&B atingiu seu auge de popularidade. Sem sofrer o mesmo tipo de distinção racial que limitava sua aceitação nos EUA, os grupos musicais britânicos rapidamente adotaram este estilo de música, e grupos como os Rolling Stones e The Animals levaram o rhythm’n’blues a grandes platéias.
O termo caiu em desuso nos anos 60, e foi substituído por soul e Motown, porém ressurgiu nos últimos anos para designar a música negra norte-americana abrangendo o pop, fortemente influenciado pelo hip hop, pelo funk, e pelo soul. Neste contexto, só a abreviaturaR&B é usada, e não a expressão toda.

 Country blues, piedmont blues
O country blues ou rural blues é o mais antigo gênero do blues, devido ao blues surgir das canções de trabalho nas fazendas de algodão e, o delta blues é o início de tudo. Piedmont blues surgiu depois, sendo também dos mais antigos tipos de blues, apesar de Memphis, que é do estado Tennessee ser cortado pelo rio Mississipi (raizes do delta). Contudo o delta blues se expandiu por todo o país. Este estilo foi encontrado principalmente na região entre as montanhas Apalaches ao oeste e planície costeira a leste, que se estende do sul ao norte de Atlanta para Washington DC, e é o mais diferente blues, se diferindo principalmente do delta, devido à característica da música apalache, originando vários estilos como ‘’memphis blues’’ e ’’jug bands’’ (bandas de jarro). Piedmonte blues é caracterizado pelo andamento mais rápido por causa da sua mistura com ragtime tocado ao banjo, sendo o pai da técnica finger-picking e, pela técnica das ‘’bandas de cordas’’ (string bands) da antiga música country.
Musicalmente é influenciada pelo ragtime, bandas de cordas, música apalache e o shows ambulantes de medicina (traveling medicine shows), ou seja é homogêneo de música branca e negra com sua vasta maioria negra, com exceções como um dos únicos brancos do blues, o Frank Hutchison. Um dos principais nomes do piedmont blues é Blind Blake.
A música apalache é a primeira forma da música country, sendo formada de notas blues, banjo oriundo da áfrica e principalmente da música européia, e era tocada principalmente por brancos. Ela era chamada de hillbilly (caipira), considerada degradante, e foi rotulada de old-time music como eufemismo nos anos de 1920 pela Okeh Records para descrever a forma de música de Fiddlin’ John Carson, já que a Okeh havia criado a Race Records 3 anos antes com o sucesso do blues de Mamie Smith. O termo country music foi adotado nos anos de 1940 para evitar o termo hillbilly ainda usado na época.  Substituiu também o termo old-time music.
Na década de 1920 a indústria fonográfica separou a música negra como ‘’Race Records’’ para música afro-americana e hillbilly para música de branco, e não havia uma divisão muito clara das duas músicas, exceto a etnia.  Negros e brancos dividiam o mesmo repertório como músicos livres, e foi separado na imigração dos negros para áreas urbanas na década de 1920 em simultâneo com o desenvolvimento da indústria fonográfica. Blues serviu como código por uma gravação designada à vendas para negros, além do racismo.
A Okeh foi a primeira gravadora de Race Records e à gravar música country.

 Sucesso e etimologia
Um dos pioneiros a fazerem sucessos no gênero foi Louis Jordan and His Tympany Five, com músicas inicialmente jazz-blues, passa a fazer sons mais dançantes e simples atingindo um público maior, quebrando a separação dos públicos branco e negro. O exemplo mais concreto de reconhecimento deste gênero foi Caldonia em 1945. Um outro exemplo jump dele é a ‘’G.I Jive’’ de 1944. O jump blues foi a primeira manifestação reconhecida do estilo musical rhythm & blues, sendo Louis Jordan conhecido como o pai do rhythm & blues. Caledonia é considerado como o nascimento do rock & roll. Por outro lado, com o impulso do jazz dos anos de 1930, o avanço do boogie woogie e pelo avanço tecnológico, os músicos influenciados fortemente pelo blues clássico passam a desenvolver o bar blues, onde eram tocados em guetos de Chicago, Detroit, que, era caracterizado pela presença dagaita e pelo blues mais rápido, e, pouco depois seria popularizado por Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Elmore James, entre outros. Muddy Waters, foi principalmente blues puro, lento e melancólico, porém elétrico, conhecido como ‘’blues elétrico’’, e, das poucas canções estilisticamente rhythm & blues no início de sua carreira são a Last Time I Fool Around With Youde 1949, Rollin’ And Tumblin’, entre outras. Estas duas com influência forte do memphis blues. Por sua vez a “Rollin’ And Tumblin’” é uma versão de Gus Cannon dos anos de 1920 (Minglewood Blues), um grupo de memphis blues de jug band, porem eletrificado, pesado e de roupagem diferente do piedmont blues dos anos de 1920 e 1930.
Seus rhythm & blues seguiriam uma linha do piedmont, delta blues, country, cajun, zydeco como Sugar Sweet’ de 1955, All Aboard de 1956 e Got My Mojo Working de 1957 .
O termo por sua vez foi criado por Jerry Wexler em 1948 para tentar quebrar o termo race music popularizado pela Race Records, lembrando que, mesmo sendo uma música com certa influência de ambas as raças, era predominada por músicos negros. O ‘’R&B’’ em sua abreviação se refere também a tudo que envolvia e envolve até hoje a música negra, chamado de R&B Charts (paradas de R&B), e, em termos estilísticos o rhythm & blues começou a florescer em meados de 1930, e suas gravações na década de 1940. O estilo era caracterizado pelo 6/8 até os anos de 1950.
Nas paradas de R&B também incluíam blues genuínos, melódicos, jazz, swing, boogie woogie e gospel, gravados por músicos negros.


Música negra e música branca
A troca de influencia de raças já havia começado, segundo o historiador Bill Edwards, antes da Feira Mundial de Chicago de 1893 (data formal do surgimento do ragtime) em botecos americanos e dos bairros de bordéis, concorrendo, negociando e trocando tradições musicais, no caso estilos europeus e ritmos africanos. Assim se desenvolve o ragtime, e, depois surge a primeira variante do rag, o jazz, brotando através do ragtime e do blues. Os brancos por sua vez passam a ser cada vez mais presentes, e nos anos de 1930 com a influência da instrumentação do clássico passam a desenvolver as big bands, como exemplo Paul Whiteman e sua orquestra.
Com as big bands surge o swing, com uns dos pioneiros Benny Goodman, Glenn Miller, Count Basie, entre outros.  E um dos maiores nomes do rhythm & blues é um branco, o multi-instrumentista Johnny Otis, também líder de bandas de swing nos anos de 1940.
Outros exemplos desta troca de influencias são a música cajun, creole e zydeco, este último sendo uma influencia do rhythm ‘n’ blues.

 Crescimento do boogie woogie
No ano de 1938 ocorreu o primeiro maior evento de música de origem “inicial negra” do país, no Carnegie Hall chamado de ‘’From Spirituals To Swing’’ onde tocaram várias feras doswing, blues, boogie woogie como, Benny Goodman, Count Basie, Meade Lux Lewis, entre outros . Lá se destacou o boogie woogie com Big Joe Turner e Pete Johnson com Roll Em’ Pete, considerada das mais antigas gravações de rock, embora seja ainda um boogie bem rápido cantado, lembrando o seu primo stride em instrumental e andamento.
A partir deste evento, surgiu a loucura boogie (boogie crazy), onde todos os estilos passaram a implementar o boogie woogie nas canções, e o gênero passa à ser sucesso no país.
O boogie se desenvolveu no início do século XX principalmente nas honky tonks, bares que tinham de tudo, dança e música de várias etnias, além dos pianos verticais e mal cuidados, onde negros e brancos freqüentavam. Os negros eram da influencia tonal do blues na música honky tonk, música está baseada nos ragtimes, e enfatizava mais o lado percussivo ou rítmico. A música honky tonk foi responsável pelo desenvolvimento do country moderno e do western swing. Diferente do boogie woogie, o stride, que vinha de Harlem, era mais rápido e virtuoso. Assim como o boogie woogie, seu irmão stride surgiu do ragtime na mesma época, ou seja, de uma diversidade etnocultural, ou uma homogeneidade identitária. Oragtime foi importante para o surgimento do jazz, sendo o stride uma das manifestações mais antigas do antigo jazz.
Músicos de country desenvolvem o bluegrass (estilo acústico), western swing, e, o swing desenvolve o jump blues, com uma volta às origens simples do blues e boogie woogie, porém mais harmônico que o blues e mais simples que o swing.
 Tecnologia e eletricidade
Foi na época do swing que a guitarra elétrica passa a ser construída pela companhia Rickenbacher, vindo de guitarra havaiana, e depois construindo a guitarra elétrica. Os primeiros guitarristas a usarem a guitarra elétrica foram do swing e western swing. Consta que a primeira gravação de guitarra elétrica foi em 1935 por Jim Boyd para o western swing. Passou a ser mais usada constantemente, e Les Paul (músico de country e jazz) cria no início dos anos de 1940 a guitarra de corpo sólido, a ‘’log guitar’’. Agora o rhythm & blues de Chicago com Muddy Waters e contemporâneos, de Memphis com B.B. King, e o jump blues começam a usar definitivamente a guitarra elétrica, além da fender telecaster.
Exemplo é o jump blues de 1945 de T-Bone Walker com uma guitarra forte e suja na T-Bone Boogie entre outros jumps com bastante guitarra em 1946 e 1947 dele, e em 1946 de Joe Turner com guitarra mais presente, a My Gal’s A Jockey, além da Salt Pork, West Virginia de 1946 de Louis Jordan com solo de guitarra presente, e por fim, o blues de chicago passa à desenvolver um blues mais pesado e dançante.
Segundo Fats Domino, o rhythm and blues não tem diferença do rock and roll, e Joe Turner disse uma certa vez; Rock ‘n’ roll não é nada mais do que um nome diferente para o mesmo tipo de música que ando cantando por toda a minha vida. Com a explosão do rock and roll, o rhythm and blues se fortalece ritmicamente evoluindo em mais estilos como o soul, no exemplo de I Got Woman de Ray Charles, um dos maiores clássicos do rock ’n’ roll, com influencia mais explícita do spirituals, e também Little Richard que foi o ídolo deJames Brown e Otis Redding.