Modalidade conta com mais de cinco mil praticantes

Atletas de Jiu-jitsu, mas na versão brasileira, em treinamento

Atletas de Jiu-jitsu, mas na versão brasileira, em treinamento








Modalidade conta com mais de cinco mil praticantes 




Luanda – A Federação Angolana de Jiu-jitsu 
tradicional foi constituída em 2005 e conta actualmente com 5.321 praticantes e 54 academias em todo o país. 

A província de Luanda é o maior pólo de desenvolvimento com 3.920 atletas distribuídos em 24 academias. 

As restantes províncias onde também se desenvolve são: Lunda-Norte com sete academias, Uíge (6) Zaire, Cabinda e Bengo (com três cada), Malanje (5), Moxico (2), Huambo (2), Kuando Kubango (1), Bié (1) e o núcleo do Kwanza Sul.

Foi a partir da década de 90 que este desporto de combate conheceu maior expansão em Angola com o surgimento de várias academias, algumas das quais o Cafam – Centro Angolano de Formação de Artes Marciais, no Palanca, Ranger Mãe, no bairro Cimangola, e Sam Font, no Kicolo.

A Federação Angolana de Jiu-jitsu tem como presidente de direcção Nzuzi Ndombaxi Sebastião, António Pedro Emous (secretário-geral) e Tola Simão (presidente da mesa da assembleia-geral). 

Sete anos depois da sua criação, a Federação não beneficia de verbas do estado por via do Ministério da Juventude e Desportos (MJD). Por esta razão, as suas actividades, resumidas em competições provinciais, de demonstrações e acções de formação, realizam-se por conta de patrocínios. 

No país também se pratica a modalidade na versão brasileira. A diferença entre ambas é que a primeira conserva a essência tal como foi criada, enquanto a segunda caracteriza-se pela técnica que é mais desenvolvida no solo. 

Angola lidera a zona VI da Confederação Africana da modalidade e é representada na União Africana de Jiu-jitsu e na Federação Internacional pelo instrutor António Pedro Emous. 

A modalidade na versão tradicional foi introduzida no Japão no século XVII pelo monge Chen Yuan-Ping. 

HISTÓRIA DO JU-JITSU E SEU SURGIMENTO EM ANGOLA

Desde o seu aparecimento na terra o homem viu-se na obrigação e necessidade de lutar e se defender contra numerosos perigos. O lema que tem regido esta luta tem sido: “Violência pela violência”. Apenas uma minoria, dotada de certa habilidade e astucia, conseguem enfrentar os adversários, neutralizá-los ou vencê-los mesmo quando são em número superior.A documentação mais antiga até hoje encontrada, relativa a estes combates, está representada nas cenas murais dos antigos túmulos reais egípcios.

Na China e Japão estes documentos surgem paralelamente com os tempos mitológicos no Nakanigav, manuscritos japoneses, viu se como os deuses Kashima e Kadori praticavam torções para submeter os fiéis que lhes desobedeciam.


Mas entre este período (séc. VI) e o regime do Hojo (séc. XII – séc. XIV) não foi organizada qualquer escola com carácter pedagógico. É após este período que os diferentes métodos empregados começaram a sistematizar-se em escolas diversas. Em cada um destas nasce um sistema diferente de defesa e ataque; E assim, apesar dos métodos aplicados pos essas escolas serem similares, para um a qualificação de luta surgem homens como Kempo, Yawara, Kugosoku, Cawiuchi e outros, os quais se basearam em princípios idênticos. Criou-se assim o Ju-jitsu, um desses sistemas, tinha sido introduzido no Japão pelos chinesesChin Gen Pin e Chuan Yuan Pin durante a dinastia chinesa Ming, a prática dessa luta adquire uma importância igual à de formas anteriores de luta durante o período de Tikugawa, no séc. XVII.Conta se que por volta de 1600, Chin gen Pin imaginou algumas torções e golpes perigosos, que tinham como objectivo o afastamento e eliminação do adversário, Chin mudou-se para o actualTókio e vendeu esta arte aos guerreiros Samurais da Casta dos Daimio, à qual tinha sido proibida a utilização de armas. Esses guerreiros, ao serem obrigados a se defenderem desarmados, com a pratica desses golpes e torções, levaram o Ju-jitsu a um alto grau de aperfeiçoamento.


É também de tradição que o médico japonês AkyYamaShirobeiYoshitoky, residente em Nagasaki, partiu à China onde estudou artes de luta sem armas sob ensinamento do chinês TakuTei mestre desta especialidade. Aky aprendeu e admirou o domínio perfeito dos três “Te” (golpes), assim como dos vinte Kussui-ho (formas de ressurreição). Com estes conhecimentos regressou ao Japão e os difundiu. Mas os discípulos descontentes com o escasso número de golpes que dominavam, foram abandonando pouco-a-pouco, perante esta situação Aky retirou-se para Takushi e no templo de Teumangu permaneceu durante cem dias, estudando uma forma de aumentar o número de golpes; após este período conseguiu cento e três.


Um dia em que estava a estudar no interior do templo, chegou à porta e observou um facto que o encheu de admiração: viu, durante umatempestade, como os salgueiros não sustiam a neve que caía nos ramos, mas cediam ao seu peso; no entanto, algumas árvores sustiam a neve por serem mais fortes, embora, depois de um tempo quebrassem estrepitosamente. Durante tal fenômeno deduziu que a flexibilidade – pensou – pode aplicar-se inteiramente ao agir do ser humano. Depois regressou à casa e fundou uma escola que designou por “Joshionryouy” (medula de salgueiro)visto que o seu sistema de combate se baseava na “flexibilidade” do salgueiro. Deduziu a importância do “não se opor a força” mas “ceder perante ela” já que esta era a forma de vencer a resistência com a “não resistência”. Este principio é o que tem guiado e esquematizado a forma de luta e defesa a ele inerente, chamado Ju-jitsu.


Como já dissemos crê se que o Ju-jitsu foi introduzido no Japão pelos chineses; no entanto o seu aperfeiçoamento e progresso deve se ao esforço e tenacidade dos japoneses.Pouco tempo depois e com base nos estudos de Chin Gen Pin e AkyYama o Ju-jitsu adquiriu importância enorme. Cada escola que surgia estava especializada em um ramo específico: umas em torções, outras ainda em luxações, outras em estrangulamentos, etc., mas nenhuma possuía no seu ensino um método completo.


Na época houve, indubitavelmente, circunstancias que favoreceram a expansão da modalidade; entre as principais podemos destacar:


☆ Quando ainda não existiam armas de fogo perdiam-se muitas vezes durante os combates as armas utilizadas, por motivos diversos. Torna-se então imperiosa a necessidade da defesa desarmada.☆ A proibição do uso de armas brancas de grande dimensão embora fosse permitido empregar punhais e armas análogas.


☆ Serem poucos os que possuíam licença de usar armas.Devido a essas circunstâncias, o Ju-jitsu alcançou grande desenvolvimento.Para ensinar os exercícios, a escola de Shi Nos Hiudo, fundada por Yama Moto TabizayeMon e de YoshinRyou, classificaram os mesmos em três grupos:


☆ Shodan aprendizes


☆ Chudan→médios


☆ Jodan→ superiores


YanagiSekiziMinamotoMasatari foi o fundador do TenshonShin-do-Ryu. Nasceu em Mutsukaza, em Seisshin. Dotado de extraordinárias faculdades para práticas de artes militares, com 15 anos foi para Quisto onde durante sete anos estudou Ju-jitsu com o mestre HitotsuyauaGiAribe. Uma vez conseguido o domínio da arte de luta, dedicou-se a percorrer o país enfrentando vários adversários dos quais saiu sempre vitorioso.


Permaneceu alguns anos em Fusatsu, em joshiu, onde, ensinando os seus conhecimentos, atraiu numerosos discípulos, yanagi foi o criados dos actuaisatemis (golpes aplicados à pontos vitais do corpo humano), com os quais conseguiu a arte de causar, como lhe chamou, “a morte aparente”; paralelamente começou a aplicar o “Kwappoy” ou “arte de ressureição”.Fixou o número dos “Te” ou golpes, em cento e vinte e quatro. Finalmente, viajou muito e alcançou tal forma que o numero dos seus discípulos ascendeu a cinco mil.


Após a homogamia dessa escola, houve um largo período de tempo durante o qual o Ju-Jitsu permaneceu no esquecimento.


Foi mais tarde um alemão, Doutor Baelz, professor da universidade de Tóquio que reavivou o interesse pelo Ju-jitsu, criando um grande entusiasmo em todo o Japão.Antigamente haviam vários estilos de Ju-jitsu e cada lutador tinha seu estilo próprio. Por isso o Ju-jitsu era conhecido por vários nomes, tais como: Kumiuchi, aiki-ju.jitsu, koppo, tai-jutsu, gosoku. Oshi-no-mawari, yawara, hade, juntai-jutsu, shubaku e outros.


No fim da era Tokugawa, existiam cerca de 700 estilos de Ju-jitsu, cada estilo com características próprias. Alguns davam mais ênfase às projecções ao solo, torções e estrangulamentos, ao passo que outras enfatizavam golpes traumáticos como socos e chutes. A partir de então, cada estilo deu origem ao desenvolvimento de artes marciais conhecidas actualmente de acordo com as suas características de luta, entre elas o judo, o caraté e o aikido.


Por muito tempo, o Ju-jitsu foi a luta mais praticada em todo o Japão, até o surgimento do judô, em 1882. O Ju-jitsu era tratado como uma das joias mais preciosas do oriente. Era tão importante na sociedade japonesa que chegou a ser – por decreto imperial – proibido de ser ensinado fora do Japão e/ou aos não japoneses, proibição que atravessou os séculos até a primeira metade do século XX. Era considerado crime de lesa-pátria ensiná-lo aos não japoneses. Quem o fizesse era considerado traidor do Japão, condenado à morte, sua família perdia todos os bens que tivesse e sua moradia era incendiada.


Com a introdução da cultura ocidental no Japão, promovida pelo imperador Meiji (1867 – 1912) as artes marciais caíram em relativo desuso em função do advento das armas de fogo, que ofereciam a possibilidade de eliminação rápida do adversário sem esforço de luta corporal. As artes de luta só voltaram a serem valorizadas mais tarde, quando o ocidente também já apreciava esse tipo de arte.


Queremos lembrar que o nome da arte pode ser escritaJiu-Jitsuou simplesmenteJu-Jitsu. Em geral usa se a grafia Jiu-Jitsu quando se refere à modalidade feita no Brasil, desenvolvido pelos irmãos Grecie; que de certo modo é diferente com relação ao Ju-Jitsu japonês, pois, o brasileiro usa mais as chamadas técnicas do chão.


Segundo a sua origem podemos desmembrar a palavra Ju-Jitsu pelas palavras originais japonesas: Ju (flexibilidade, gentil, suave) e Jutsu (arte, caminho, técnica).


A maior diferença entre o estilo tradicional (japonês) e o brasileiro talvez seja o uso de diferentes armas (bukiwaza) e também uma menor utilização da luta no chão no Ju-Jitsu tradicional, sendo que este utiliza também técnicas de controlo como o hojojutsu. Nesta arte também as graduações são diferentes, além de um maior vinculo aos usos e tradições japonesas. A ligação com o mestre é muito forte e são utilizadas com muita frequência expressões e nomes japoneses no tocante as técnicas. No Ju-Jitsu tradicional são utilizadas armas como o tanto(faca), o tambo (bastão), o kubotanou kashinobo(semelhante a uma caneta), atonfa (utilizada pelas forças policiais) o bo(bastão comprido) e a katana, entre outros.


Em Angola, os primeiros passos de Ju-jitsu foram dados pelo Mestre Manuel NsasiyaNdele que criou a academia “Ranger mãe” no bairro petrangol em 1985 e no ano seguinte o Mestre Dinamunito André criou o então CAFAM.


Depois de alguns anos, exatamente em 1993 surgiu a academia San Fonte fundada por Mestre Lukisa Domingos. E gradualmente foram surgindo outras academias como o San II, Nidan, Ranger I e II KakeJecumat, Kodokan, Boshido, Buk Pai, Força pacassa, Okinaju e Escorpião.


Alguns anos depoisforam surgindo tendências de criação de uma Associação. Dum lado o Mestre Dinamunito André juntou algumas academias e foram realizando actividades e entregou um pedido formal para a legalização da sua associação em 1997 intensão que não teve êxito. Doutro lado o Mestre Lukissa Domingos também mostrou intensão da criação de uma associação, juntando 16 academias passou a realizar actividades de competição e demonstração.


Em 2000 as duas alas deram entrada na Direcção Provincial da Juventude e Desportos, pedidos formais para legalização da associação, a Direcção por sua vez, tendo recebido dois pedidos, convocou as duas alas no dia 20 de Junho de 2000, e se constituiu uma única comissão instaladora para a APJJL (Associação Provincial de Ju-jitsu de Luanda), composta por elementos que faziam parte das duas comissões extintas que são:


Dinamunitu André, Lukissa Domingos, André Timoteo Tola, António Vawazola, Luvumbo João Buala, LiesseKabula Afonso, Manuel NsasiyaNdele, DiatezuaSalomao, NzuziNdombaxi Sebastiao, Adriano KissokaLupini e António Pedro Emous que liderou o grupo.


Em 2002 Mestres Lukissa Domingos, André Timoteo Tola, Luvumbo João Buala, MfumuLukoki Simão Vicente e Nzuzimavinga constituíram associações nas províncias de Bengo, Uíge, Zaire, Kuanza Sul, Huila e Malange que daria origem a comissão instaladora para a Federação da modalidade um ano mais tarde.


Em 2005 foram confirmados os Mestres André Timoteo Tola, MfumuLukoki Simão Vicente e Ramos Marinho David Junior como fundadores oficiais da Federação Angolana de Ju-jitsu (FAJUJ) e foi publicado no diário da república no dia 7 de Maio de 2008.

Jiu Jitsu Femenino

Por Isabelle Lindote
<span
redatora@bemleve.com.br
<span


 <span

<span
Muita gente tem vontade de começar a praticar um esporte, mas fica em dúvida no momento da escolha. Dentre tantas opções, as artes marciais são consideradas as mais completas, levando o praticante a obter benefícios físicos e psicológicos, através de conhecimentos milenares, vindos do oriente. Entre estas práticas, o Jiu-Jitsu, que significa ‘arte suave’ ganha destaque, por ser a mais antiga de todas e vir conquistando muitos adeptos no Brasil. 
<span
<span Nascido na Índia como uma forma de autodefesa, o Jiu-Jitsu foi desenvolvido por meio de uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio e do sistema de articulação docorpo. Aqui, luta se aprimorou e o nosso país se tornou o centro mundial deste esporte, que consiste na imobilização do adversário por meio de chaves de braço e pernas, estrangulamentos, técnicas de rolamento e defesa. 
<span
<span Segundo o professor da academia paulistana Aquasport, Edgard Spedo, ‘o Jiu-Jitsu diminui o estresse, desinibe os tímidos e acalma os agitados e ansiosos. Ele aumenta a auto-estima e a autoconfiança, trabalha todo o corpo, principalmente braços, ombros, abdômen e quadril, e ajuda a aumentar resistência física’. Como toda atividade aeróbica, o Jiu-Jitsu acelera o metabolismo e melhora a capacidade cardiovascular e respiratória, além de aumentar a flexibilidade, a coordenação motora e os reflexos. 
<span
<span Não há restrição quanto à prática. Homens e mulheres saudáveis, de qualquer idade, podem praticar Jiu-Jitsu. É possível eliminar 750 calorias por aula de nível básico; o gato calórico dobra no treinos avançados, chegando a 1500 calorias. Se você quer perder peso e melhorar a musculatura, ou se quer adquirir conhecimentos de defesa pessoal, o Jiu-Jitsu é o esporte certo.<span
<span
Entrevista com quem entende<span
<span
A aluna Adriana Zakzuk D’Angelo, de 28 anos, é faixa azul de Jiu-Jitsu e conta em entrevista exclusiva um pouco mais sobre a prática.
<span
<span 1) O que lhe motivou a praticar jiu jitsu, entre tantas outras modalidades de esportes e lutas?
<span

<span
Treino jiu jitsu há pouco mais de 3 anos. Sempre fiquei encantada pela luta e assistia campeonatos pela TV. Cheguei a fazer aulas de boxe e capoeira, mas nenhuma luta é tão completa quanto o jiu jitsu. Além trabalhar com o corpo, o jiu jitsu trabalha o raciocínio. Metaforicamente, seria como um jogo de xadrez: cada movimento do adversário abre um leque de opções ao lutador. A escolha dele tem influência direta no próximo movimento do adversário e, por conseqüência, no resultado da luta. 
<span
<span 2) Quais os principais benefícios que você sentiu após iniciar a prática?
<span

<span
A princípio perdi peso e posteriormente ganhei massa muscular. A flexibilidade do corpo melhorou muito, pois o jiu jitsu modela e mexe praticamente com todo o corpo, mas o principal, diz respeito à filosofia de vida. Nenhum outro esporte traz melhora ao físico e a mente ao mesmo tempo. O jiu jitsu disciplina, ensina o respeito ao próximo, traz auto confiança, manda embora o stress. Eu saio renovada de cada treino!
<span
<span 3) Você sente algum preconceito por ser minoria mulher) no meio dos praticantes?
<span
<span Não. Dentre os lutadores de jiu jitsu não existem preconceitos. Os homens demonstram bastante interesse em ensinar as mulheres. Acho que por sermos minoria e por sermos mais frágeis (fisicamente falando), despertamos uma curiosidade, como um desafio. O preconceito, vem daqueles que não conhecem a luta e dos que acreditam que as mulheres ficam masculinizadas por lutar, mas na verdade, a mulher não precisa se masculinizar para ser uma boa lutadora. O “agarra agarra” só é visto por quem está de fora. Para nós, é luta e técnica, não passa disso.
<span

O Show de Wushu obteve grande sucesso em Angola

O Show de Wushu obteve grande sucesso em Angola

No dia 10 de Agosto, a Delegação da Associação de Artes Marciais da China apresentou um Show de Artes Marciais ( Wushu ) no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, em Luanda.
As autoridades e personalidades angolanas de diverso setores sociais, o Corpo Diplomático acreditado em Angola e os representantes da comunidade chinesa compareceram no espetáculo.
Sr. Wang Wei, Encarregado de Negócios a.i. da Embaixada da China, Sr. Gao Xiaojun, Presidente da Associação de Artes Marciais da China, Sra. Exalgina Gambôa, Secretária de Estado da Cooperação de Angola, e Sr. Albino Conceição José, Vice-Ministro dos Desportos, proferiram discursos calorosos.
Sr. Wang Wei avaliou altamente as relações amistosas da cooperação bilateral sino-angolana, enfatizando que intercâmbios cultural e desportivo são pontes que ligam os dois povos com função de aumentar conhecimento mútuo e aprofundar amizade, esperando que surgir mais amigos angolanos amadores e praticantes de Wushu, assim sendo os “Embaixadores da Amizade”dos povos chinês e angolano de geração em geração.
Sr. Gao Xiaojun além de agradecer a hospitalidade e sentimento amistoso do povo angolano para com o povo chinês, apontou que Wushu originou-se da China, mas pertence ao Mundo. Espera que através do Wushu, o povo angolano conheça melhor a cultura chinesa.
         
Sra. Exalgina Gambôa lembrou de que a importância que atribui a paz e desenvolvimento fez da China o maior parceiro de desenvolvimento de Angola, assim como Angola é também o primeiro parceiro da China em África, e que a realização deste espetáculo é sem dúvida um momento de partilha entre os dois povos e uma oportunidade para promoção do intercâmbio cultural e desportivo entre as duas nações que têm relações de amizade e solidariedade desde longa data, augurando que a presença da delegação chinesa de artes marciais seja aproveitada para se lançar as bases de um intercâmbio regular de experiências e a realização de eventos em ambos os países.
Sr. Albino Conceição José esperou, através da realização deste Show, promover intercâmbios desportivos sino-angolano, e também o desenvolvimento da causa desportiva massiva em Angola.
          
O Show iniciou com a entrada dos atletas dos dois países de mãos dadas.
A Federação Angolana de Ju-Jitsu, a Federação Angolana de Taekwon-do e o Clube Angolano de Kung-fu apresentaram demonstrações respectivamente.
         
Os atletas chineses aprsentaram as variadas técnicas de Wushu, tais como espada, lança, pau, vara, leque, boxe, chicote, martelo, luta livre, etc.
         
A convite da Comissão Nacional de Angola para a EXPO2010 Shanghai, a Delegação da Associação de Artes Marciais da China chefiada por Sr. Gao Xiaojun efectuou uma visita a Angola de 9 a 11 de Agosto de 2010. O chefe da delegação teve encontros com Sr. Albino Conceição José, Vice-Ministro dos Desportos de Angola, e Sr. Gustavo da Conceição, Presidente do Comité Olímpico Angolano, nos quais as duas partes abordaram a intensificação de intercâmbio e cooperação desportiva entre os dois países, a divulgação de Wushu em Angola e os demais assuntos de interesse comum.

O poder do jiu-jitsu

Várias são as pessoas que criaram uma imagem negativa das artes marciais, dizendo que elas servem acima de tudo para a auto-defesa. A nossa equipa foi até ao Complexo Emirais, no Nova Vida, em Luanda, conhecer uma das “artérias” da Roger Gracie Academy, comandada em Angola por Hélio Pereira, um jovem angolano apaixonado pelo poder nas artes marciais e entender também quais são os propósitos do jiu-jitsu.
Durante duas horas acompanhámos os quase 30 alunos que lá treinam e entendemos melhor a filosofia do jiu-jitsu brasileiro, que é praticado neste ginásio e também em outros.


MENTE E CORPO
Foi um sensei de óculos graduados, quimono vestido e muita simpatia que nos recebeu a chegada no Complexo Emirais. O cenário não podia ser melhor, vários alunos preparavam-se para a aula, vestindo os seus quimonos brancos ou azuis para dali a quinze minutos, mostrarem a sua genica no tatame.
Hélio Pereira também já estava equipado, usando um quimono branco e a sua faixa preta. O sensei afirmou que sempre gostou de jiu-jitsu e que tenta buscar nesta arte a sua parte invisível, a parte espiritual.
“A filosofia do jiu-jitsu é a mesma que de qualquer arte marcial. Todas elas foram desenvolvidas a partir de técnicas de terapia, transformação do ser humano, ensinando-os a aniquilar o ego por completo e chegar ao ponto de observar as coisas simples da vida, de uma maneira mais profunda”, explicou-nos o sensei.


ARTE MILENAR
As artes marciais são um método alquímico e uma das suas grandes filosofias é ajudar o ser humano a ser o mais natural possível.
O jiu-jitsu, também conhecido pelas grafias jujutsu ou jiu-jitsu (em japonês jū significa “suavidade”, “brandura”, e jutsu signfica “arte”, “técnica”) era uma arte marcial japonesa que utilizava alavancas e pressões para derrubar, dominar e submeter o oponente, tradicionalmente sem usar golpes traumáticos, que não eram muito eficazes no contexto em que a luta foi desenvolvida, porque os samurais (bushi) usavam armaduras.
Basicamente, no jiu-jitsu usa-se a força (própria e, quando possível, do próprio adversário) em alavancas, o que possibilita que um lutador, mesmo sendo menor que o oponente, consiga vencer. No chão, com as técnicas de estrangulamento e pressão sobre articulações, é possível submeter o adversário fazendo-o desistir da luta (competitivamente), ou (em luta real) fazendo-o desmaiar ou quebrando-lhe uma articulação.
Segundo Hélio Pereira, existe uma diferença entre o “jujutsu” japonês e o “jiu-jitsu” brasileiro: “Os japoneses aplicaram as técnicas usando a força e os brasileiros aperfeiçoaram a técnica, e é este o jiu-jitsu que nós ensinamos aqui, pois somos “descendentes” da família Gracie. Eles foram uns dos maiores percursores desta arte no mundo, e até hoje formam muitos campeões”.


AS FAIXAS
Ao contrário das outras artes, no jiu-jitsu os atletas não fazem uso de katas (executar técnicas ou coreografias no vazio, avaliadas pela perfeição dos movimentos). Existem várias faixas ou cinturões no jiu-jitsu: para os alunos com menos de 16 anos, existem as faixas branca, amarela, laranja e verde. Já para os maiores de 16 anos existem as faixas branca (permanência mínima de um ano), azul (varia com o desempenho do atleta, normalmente 1 ano e meio, a 2 anos), roxa (varia com o desempenho do atleta, normalmente 2 anos), castanha (ou marrom como é chamada, normalmente 1 ano e meio), preta, coral (vermelho e preto – mestre) e vermelha (Grande Mestre).
Dos 30 alunos academia do Nova Vida, 5 são faixa azul, 2 roxa, 1 marrom, e os restantes têm faixa branca, e treinam para avançar. O critério para mudança de faixa é baseado na freqüência e na técnica do atleta. “Se um aluno treinar 3 vezes por semana, levará mais ou menos 6 meses a 1 ano, para mudar de faixa”, disse-
-nos o sensei.


NÃO TENTAR EM CASA
Hélio dá aulas há dois anos em Angola. Tenta trasmitir o jiu-jitsu de uma maneira saudável, para que as pessoas não usem a arte apenas para “lutar na rua”. “A técnica apurada do jiu-jitsu não exige força, como já disse. Esta arte permite ao mais fraco vencer o mais forte. É a união da perfeição e técnica externa, com o aperfeiçoamento do elemento interno”, realçou.
O sensei compara o mau uso do jiu-jitsu às descobertas de Einsten: “ele descobriu a energia atómica que, mais tarde, culminaria na terrível bomba nuclear… mas, será ele o culpado? Claro que não. Culpado foram os que não souberam direccionar tal descoberta apenas para boas coisas. O jiu-jitsu pode construir mas também destruir. Isso só depende do ensinamento que as pessoas recebem e também da mentalidade de cada um”.
O jovem contou-nos  que, certa vez, fez um estrangulamento a um jovem, para defender-se, e a pessoa ficou inconsciente por alguns minutos. “ É algo de que não me orgulho, apesar de ter usado como auto-defesa, que é uma das funções do jiu-jitsu. Evitamos ao máximo, mas às vezes é necessário defendermo-nos. O estrangulamento é uma técnica complexa do jiu-jitsu que não deve ser feita sem conhecimentos. Digo sempre aos meus alunos para não andarem por aí a experimentar certas coisas em pessoas normais, que pouco ou nada entendem da nossa arte. E como aqui nós trabalhamos o corpo e a mente, não só formamos lutadores, mas sim atletas conscientes do seu papel na sociedade”, frisou.


EM MARÇO, O CAMPEONATO
A Roger Gracie Academy Jiu-jitsu Angola está presente em três academias de Luanda: no Fitness, no Team Elite e no Complexo Emirais. Quando questionado dos patrocínios o jovem afirmou: “As artes marciais estão a crescer de maneira saudável em Angola. Neste momento tenho conhecimento de quatro escolas de Jiu-jitsu no país que apesar de algumas divergências, devem todas ser felicitadas pelo trabalho que têm feito, pois têm contribuído para a valorização das artes marciais em Angola. Alguns atletas foram ao campeonato que aconteceu na África do Sul e trouxeram prémios para a nação. É preciso investir e patrocinar tais talentos”.
No ano passado, a Roger Gracie Academy e a Academia Gracie Barra levaram 10 atletas ao mundial de jiu-jitsu, nos Estados Unidos. “Infelizmente não trouxemos títulos mas este ano, em Junho, tencionamos voltar a participar com força total”, frisou Hélio.
Os atletas estão a preparar-
se também para o campeonato nacional que acontecerá em Março, a partir do dia 15, em Luanda. As quatro escolas da capital irão participar no evento. Será uma grande oportunidade para ver esta arte marcial ser praticada 
com profissionalismo, 
sempre dentro dos princípios do jiu–jitsu.

O PROFISSIONAL E O AMADOR
Jandir Bezerra (à esquerda) é natural do Recife, estado de Pernambuco, Brasil. Sempre foi apaixonado pelo jiu-jitsu e como já treinava no Brasil, quando chegou a Angola fez questão de procurar um sitio para continuar a praticar. É faixa castanha numa modalidade que já lhe proporcionou episódios engraçados: “uma vez, durante uma luta num campeonato, o outro concorrente aproveitou-se do facto de eu usar aparelho dentário e roçou o quimono dele, todo suado, na minha boca… eu tive que desistir pois não aguentei aquilo (risos)”.
Todos conhecem Caló Pascoal (à direita) como cantor e produtor musical e, para a nossa surpresa, existem facetas desconhecidas deste artista que há anos nos tem habituado com sucessos musicais. “Comecei a treinar há três semanas e me tenho divertido bastante. Como já treinava kickboxing decidi também aprimorar os meus conhecimentos com o jiu-jitsu. É uma arte muito boa, que nos permite relaxar a mente e manter o corpo saudável. Os treinos têm-me ajudado a conciliar as minhas outras actividades e podem crer que o meu próximo disco terá uma séria influência dos ensinamentos do jiu-jitsu. O Hélio é um bom professor e eu aconselho todos a treinarem”, declarou.


A PRINCESA DO GRUPO
Dos 30 alunos duas são meninas. Tivemos a oportunidade de conversar com Irina Mirandela, uma jovem simpática, de rosto angelical e as unhas pintadas de vermelho, que há quase um ano treina jiu-jítsu. “Comecei pelo karaté, vim aqui parar e gosto muito do que faço. Quanto às lesões, são ossos do ofício. Para alguns movimentos mais bruscos usamos a protecção necessária, caso da placa dentária”, explicou a jovem.


O VIAJANTE DO Jiu-jitsu
Hélio Jorge Paleje Jasse Pereira começou a treinar artes marciais com sete anos. Já praticou karaté, judo, capoeira, aikidó, kick boxing e muai tai e por fim o jiu-jitsu. É actualmente faixa preta na modalidade, “fui graduado pelo campeão mundial de jiu-jitsu, Roger Gracie, ele faz parte da família Gracie, uma das maiores percursoras do jiu-jitsu pelo mundo. Tive a honra de treinar com ele durante 5 anos”, relembra emocionado.
O jovem que faz do jiu-jitsu o seu modo de vida, já ganhou alguns títulos pela modalidade: “Fui vice-campeão europeu, campeão europeu, vice campeão pan americano, entre outros… enfim, tenho várias medalhas em casa (risos)”.
A maior luta de Hélio é provar que o jiu-jitsu não serve apenas para o desenvolvimento físico. “O jiu-jitsu vai além disso. É a arte do toque, onde temos a oportunidade de mostrar às pessoas que só têm a ganhar quando permitem que um corpo são esteja de acordo com a mente, que também tem de ser sã. O jiu-jitsu é um mundo e permite-nos ser muita coisa, permite-nos meditar… só depende de nós, da nossa dedicação por um mundo melhor”, explicou.

jiu-jitsu ou jiu-jítsu


jiu-jitsu ou jiu-jítsu (em japonês 柔術, transl. , “suavidade”, “brandura”, e jutsu, “arte”, “técnica”)[a] é uma arte marcial japonesa, porém de origem indiana, que utiliza alavancas e pressões para derrubar, dominar e submeter o oponente, tradicionalmente sem usar golpes traumáticos, que não eram muito eficazes no contexto em que a luta foi desenvolvida, porque os samurais (bushi) usavam armaduras.
No Japão, o termo judô foi usado para se diferenciar do antigo ju-jitsu, quando Jigoro Kano desenvolveu um método pedagógico reunindo as técnicas do ju-jitsu. Os ideogramas Kanji japoneses de Ju jitsu, podem receber diferentes pronúncias. O ideograma “jiu” de jiu-jitsu (柔術) e “ju” de judô (柔道), são na verdade o mesmo.
Basicamente no Jiu-Jitsu usa-se a força (própria e, quando possível, do próprio adversário) em alavancas, o que possibilita que um lutador, mesmo sendo menor que o oponente, consiga vencer. No chão, com as técnicas de estrangulamento e pressão sobre articulações, é possível submeter o adversário fazendo-o desistir da luta (competitivamente), ou (em luta real) fazendo-o desmaiar ou quebrando-lhe uma articulação.






























Fonte: http://pt.wikipedia.org/