Especial "Black Company"

Ai pessoal, hoje vós trago um dos melhores grupos do Hip Hop Lusófono. Um grupo que marcou uma geração e tanto. Falo-vos nada mais nada menos que dos Black company, Bc… Um dos mais Old Skul da cena Luso. É também um dos mais respeitados… Mando aqui os albuns deles, vídeos e uma breve biográfia dos BC...


Respect


*** Biográfia ***

Black Company é um grupo de rap português, criado na década de 1980. É composto pelos rappers Bantú (agora Gutto), Bambino e Makkas e incluía anteriormente os Dj´s KGB e Soon. Foram os criadores daquele que é considerado o primeiro êxito do hip-hop português, o tema Nadar.

Formação

Criado nos finais dos anos 80, actuou muito tempo sem nenhum reconhecimento, fazendo sobretudo rap «de rua», sem nenhum acordo discográfico ou comercial.O grupo, que mais tarde veio a ser conhecido por Black Company, juntou-se em 1988, incluindo na sua formação vários rappers da margem sul de Lisboa, tais como General D. Deram os primeiros concertos em pequenos locais como o Ponto de Encontro, em Almada, ou o Visage, na Caparica, mas o projecto chegou ao fim da linha três anos apos o seu arranque. Guto, Bambino (na altura Maddnigga) e mais seis outros músicos regressaram em 1992 como Machine Gun Poetry, mas o nome foi alterado no ano seguinte, para Black Company. Nessa altura, Guto, Bambino e Tucha, os três ex-Machine Gun Poetry, convidaram KGB e Makkas (a.k.a. Max, the Criminal) para se juntarem a formação, e o grupo deu o seu primeiro concerto em Dezembro de 1993, filmado pelo manager Hernâni Miguel, para o programa de televisão da RTP, “Outras Margens”. O grupo ficou bastante reconhecido na Margem Sul, sobretudo em Miratejo e na costa da caparica.

A colectânea Rapública e o verão de Nadar

Em meados de 1994, o grupo foi convidado para participar na colectânea Rapública, onde também participaram nomes actualmente conhecidos do hip-hop português, como Boss AC, LNM (Líderes da Nova Mensagem) entre outros. O grupo foi responsável pelos temas Pshyca Style e Nadar. Nadar foi bem aceite pela crítica, reflectindo-se nas vendas comerciais. O tema foi também considerado o «Hino» do verão de 1994, trazendo fama e prestígio ao grupo. O apoio incondicional das rádios portuguesas e as constantes aparições em programas de televisão, fizeram a expressão “Não Sabe Nadar”, entrar no quotidiano dos portugueses, tendo a mesma sido inclusivamente adaptada a campanha pela defesa das gravuras rupestres, e na altura pode mesmo ler-se em t-shirts a frase “As gravuras não sabem nadar”. Depois de actuações realizadas um pouco por todo o pais, os Black Company editaram, em 1995, em formato single o tema “Nadar”, com quatro remisturas assinadas por To Ricciardi e André Roquete.

Geração Rasca dos Filhos da rua

Ainda durante esse ano, foi editado mais um single, intitulado “Abreu”. Ambas as faixas foram incluidas no alinhamento do álbum de estreia da banda, “Geração Rasca”, que chegou aos escaparates em Outubro de 1995. A banda regressou três anos depois com o seu sucessor, a que chamou “Filhos da Rua”, que incluiu no alinhamento uma versão para o tema “Chico Fininho”, de Rui Veloso, aqui designada por “Chico Dread”, e e considerado por muitos um dos melhores álbuns Rap portugueses de sempre. Durante os três anos que separaram a edicao dos dois trabalhos de originais, o grupo participou no single “Racismo Não”, editado pela AMI (Assistência Medica Internacional); andou na estrada, tendo dado mais de 60 concertos entre o Verão de 1995 e o de 1996; e em 1997 actuou em Cannes, no festival MIDEM, na noite Atlântica.

Fora de Série – O regresso dos Black Company

Em 2007, os 3 elementos reuniram-se mais uma vez para produzir o seu 3º album de originais ” Fora de Serie “, lançado a 8 de Setembro de 2008. O álbum inclui um numero de 16 Faixas e o seu single de lançamento, o tema “Só Malucos”, um tema de forte crítica social, conta com a participação de Adelaide Ferreira.


Fonte: Wikipedia


*** Discografia ***


Black Company

BC
Filhos da Rua[1998] (Mediafire)

BC
Fora de Serie[2008] (Mediafire)


Entrevista aos BC, falando de cenas antigas e também quais os motivos que os levaram a entrar em estúdio 10 anos depois…


*** VídeoGrafia ***

Biografia de Valete

Detalhes:
Nome completo: Keidje Torres Lima
Data de nascimento: 14 de Novembro de 1981
Apelido: Valete
Origem: Damaia, Amadora
País Portugal

Gêneros: Rap
Período em atividade: 1997 – Actualmente
Gravadoras: Horizontal Records
Afiliações Adamastor, Bónus, Sam the Kid

Sítio oficial www.myspace.com/valete115

Valete é um rapper Português. Começou a participar activamente no movimento de Hip-hop em Portugal no ano de 1997. Actualmente tem dois albuns editados e cerca de 11.000 cópias vendidas.

Vida Pessoal e Carreira Musical
Nasceu a 14 de Novembro de 1981 em Lisboa, Portugal. Começou por residir em Benfica, depois foi morar para a Arroja, voltando depois a Benfica, tendo-se após isso mudado para a Amora e finalmente fixando-se na Damaia. Desde cedo criou as suas opiniões políticas, influenciado por um professor de Filosofia no liceu, chegou mesmo a pertencer à Juventude Comunista Portuguesa, mas acabou por desistir pouco tempo depois. Começou a ouvir rap no ano de 1991 mas foi a partir de 1995 que passou a encarar a música de forma mais profunda, tendo como principais referencias artistas como Nas, Krs-one ou Racionais MC’s. O nome “Valete” surgiu após ter visto num documentário de ilusionismo a ideia mítica de que a carta Valete, utilizada em truques de ilusionismo, não permitia que o truque resultasse.

Em 1997 iniciou a sua actividade musical e com Adamastor formou o Canal 115 e mais tarde a Horizontal Records. Nesse mesmo ano e ainda com 16 anos começou a ser convidado para as mix-tapes lançadas por Djs como Bomberjack e Cruzfader. Actuou com Canal 115 durante 2 anos em vários concertos pelo país, até que fez um interregno para se dedicar mais aos estudos, tendo-se mais tarde licenciado em Ciências da Comunicação. Em 2002 regressou com o álbum “Educação Visual”, lançado de forma independente para poder gerir e conduzir o álbum à sua maneira, rejeitando assim a submissão à vontade das editoras que com ele se manifestaram interessadas em colaborar. Valete, que antes deste álbum era mais conhecido como um freestyle e battle mc, pôde mostrar em “Educação Visual” uma linha de rap de cariz social que muitos não lhe reconheciam. O rap de Valete manifesta-se essencialmente contra as correntes neo-liberais, mostrando um claro cariz político de extrema-esquerda. Na música Anti-Herói define-se como um “Trotskista belicista”.

Em 2006 lançou “Serviço Público”. Actualmente divide o tempo entre uma carreira profissional como empregado no departamento comercial de uma empresa de recursos hídricos e a gestão de uma panificadora, que em 2007 abriu em São Tomé e Príncipe.

 

Discografia


 * Educação Visual (2002)


 






 * Serviço Público (2006)
 * 360 Graus (Homo Libero) – Sem data prevista







Participações Em Álbuns
* Compilação “Poesia Urbana Vol. 1” (2004)
* “Nação Hip Hop 2005” com a música “Fim Da Ditadura” (2005)
* “Primeiro Kombate”
* “Pratica(mente)” de Sam The Kid(2006)
* “Arrastão Verbal” de DJ Núcleo (2007)
* “Nação Hip Hop 2007” com a música “Revelação” (2007)
* Compilação “Adriano Aqui e Agora: O Tributo” (2007)
* “Babalaze” de Azagaia (2007)
* “V.I.D.A.” de Sanryse (2007)
* “Nação Hip Hop 2008” com as músicas “Os Meus” e “Baza Correr Com O Paulo Bento” (2008)
* “Portfólio” de Royalistick (2008)


Participações Em Mixtapes

* Mixtape “Reencontro do Vinil Vol. 1” (Janeiro/1998) de DJ Bomberjack – um tema
* Mixtape “Reencontro do Vinil Vol. 2” (1998) de DJ Bomberjack – três temas, sendo um deles (Reflexão) com participação de Bomberjack e outro (Injecção Letal) com Adamastor
* Mixtape “Volta a Dar Cartas em 99” (1999) de DJ Bomberjack – participa num tema
* Mixtape “Freestyle Connexion” em 02 de DJ Bomberjack – participa num tema
* Mixtape “Colisão Ibérica” em 00 de DJ Bomberjack – participa num tema
* Mixtape “Lisboa-Porto Connection” (1999) de DJ Cruzfader
* Mixtape “Tuga Mix” (1999) de DJ Cruzfader

… 

vol. 1


CD 1
CD 2
DH – No dia D na hora H (2011)
Nga – Impacto 7 (Pecados Mortais) 2011
CAMPE Cool – Intro (ProMo MixTape – Mudando…)

Extremo Signo – MixTape (Força da Natureza)
 

I’m Still The Same





A Árvore Kriminal


Changes: A história de Tupac Amaru Shakur!

Tupac Amaru Shakur nasceu em Nova Iorque, no dia 16 de junho de 1971, e morreu em Las Vegas, no dia 13 de setembro de 1996, após ser baleado seis dias antes durante uma briga que aconteceu depois da luta entre Mike Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand. Mas eu não quero falar sobre como ele morreu ou dos erros que cometeu para eventualmente ser morto. Eu quero te mostrar como este músico genial, que contrariou todos os padrões dos “rappers” tradicionais sendo aparentemente igual a todos, viveu os seus breves 25 anos e o impacto que causou.

Tupac  vendeu, até morrer (e as vendas aumentaram absurdamente depois disso e continuam crescendo até hoje), cerca de 75 milhões de álbuns e, além de ser músico,  foi ator e ativista social. Seu trabalho sempre foi sobre como crescer no meio da violência e da miséria nos guetos, racismo, os problemas da sociedade, amor e ódio. E estes dois últimos são os que realmente mais me impressionam, pois poucas pessoas reúnem tanta intensidade em ambas as direções.





Shakur foi alvo de diversas ações judiciais e teve vários problemas legais. No início de sua carreira ele foi atingido por cinco tiros no corredor de um estúdio de gravação em Nova Iorque, o que desencadeou uma briga  com outros rappers, entre eles Notorious Big . Até então, Notorious Big e Tupac, que eram amigos de infância, tentavam realizar o que parecia impossível: uma união de amizade entre os rappers da Costa Leste e  Oeste dos EUA, mas, após este episódio, Tupac passou a ver Notorious como inimigo.
Notorious fez uma música intitulada “Who shot you?”  (Quem atirou em você?), ironizando de forma direta o atentado sofrido por Tupac em Nova Iorque. Em retaliação, Tupac escreve diversas letras sobre ódio e vingança, sendo a música “Hit them Up” (Acertá-los em cheio) a mais agressiva e musicalmente fascinante. Nela, ele afirma, entre muitas outras coisas, que transou com a mulher do Notorious, e não com essas palavras. Na verdade, ele diz “..you claim to be a player but I fucked your wife” (Você diz que é um gangster, mas eu trepei com a sua esposa).


Depois de muito ódio e letras desse tipo, Tupac começa a falar que sabe que vai morrer baleado. Ele diz que sempre soube que morreria baleado e então começa afirmar que o tempo está acabando.  Ele se tranca em estúdio praticamente 24 horas por dia e apresenta trabalhos como Changes, no qual diz que “gostaria de voltar ao tempo em que eles brincavam como crianças, mas que as coisas mudaram e é assim que funciona…”. Além disso, outras letras como Until the End of Time  trazem mensagens de amor, redenção e indicam que ele realmente sabia que o tempo estava acabando:  “Se um anjo descer e me levar embora, memórias minhas e das minhas músicas permanecerão até o fim dos tempos….”
Toda a obra de Tupac Amaru Shakur me fascina pela intensidade e paradoxos: um ser humano cheio de defeitos e virtudes, ódio, amor, que veio à Terra e em apenas 25 anos deixou um legado maior do que a maioria das pessoas consegue em 80 ou 90 anos de vida. Com ele foi assim: “Hi, boom boom, see you later…” WOW what was that?!
No fim, acho que ele entendeu em 25 anos o que a maioria de nós também leva 80 ou 90 anos para compreender: CHANGES são o que realmente importam na vida…


“I would love to go back to when we played as kids but things changed, and that’s the way it is..”, Changes, by Tupac!

Rap (Breve) História

O rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora da cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas, nos anos 1970 por expatriados jamaicanos e outros. Estes introduziam as grandes festas populares em grandes galpões, com a prática de ter um MC, que subia no palco junto ao DJ e animava a multidão, gritando, encorajando mais e mais com as palavras de rimas, até que foi se formando o rap.





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